Chevrolet Opala Coupe

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Se há um automóvel de passeio que se confunde com a história da filial brasileira da General Motors, este carro é o Opala. Mesmo tendo se instalado por aqui em 1925, a GM só viria a produzir um automóvel no Brasil nos anos 1960, e o modelo escolhido para este feito era o então projeto 676, que viria a ser baseado no Opel Rekord de1966, com algumas modificações em relação o modelo alemão.
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Com o mercado fechado as importações, a indústria automobilística nacional começou a produção de veículos para suprir as necessidades internas. A marca que fabricava e montava veículos voltados à atividades comerciais como caminhões e picapes, teve de rever os seus conceitos.
E de lá pra cá, o Chevrolet Opala se tornou sinônimo de luxo e potência, e um dos modelos mais cultuados da indústria automobilística brasileira, tanto que mesmo aposentado em 1992 com a chegada do Omega, ainda se encontrava vivo com seus motores equipando o seu sucessor e o Vectra no final dos anos 1990.
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Sem sombra de dúvidas, uma linha do modelo que foi divisora de águas em sua longa vida no país, foi a versão 1983. Esteticamente, ela deu ao modelo os faróis e lanternas retangulares, diferentes dos redondos que acompanhavam o carro desde seu lançamento em 1969. Outra modificação neste ano foi a permanência da versão Diplomata, que assumiu o topo da linha no lugar da SS.
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No início dos anos 1980, o Opala possuía opções de motores a álcool e a gasolina. Dentre elas o 4 cilindros a álcool de 8 válvulas e potência de 86 cv. As opções a gasolina contavam com um 2.5 litros de 86 cv e o lendário 250-S, com 4.1 litros desenvolvido ainda nos anos 1970, e bastante utilizado posteriormente para equipar modelos de competição, que rendia potências entre 115 e 153 cavalos.
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O interior do modelo contava com muito conforto e o novo painel redesenhado e totalmente de plástico. A depender da versão, leia-se Comodoro ou Diplomata, poderia disponibilizar itens como ar-condicionado, antena elétrica, rádio toca-fitas, rodas de alumínio, porta malas com acionamento elétrico e direção assistida de série. Entre os itens opcionais, poderia escolher entre o motor 250-S, teto revestido em vinil, pneus radiais e câmbio automático.
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Dois anos mais tarde a linha passou por outra modificação estética, que durou até 1988, quando fora feita a última modificação do modelo que foi retocada no início dos anos 1990 e encerrada alinha em 1992, quando o Omega mudou radicalmente o conceito de carro de luxo no mercado brasileiro, competindo até com os luxuosos sedans de luxo importados. Era o fim do Opala que deixava a linha de montagem com a certeza de que literalmente foi um grande carro para o mercado brasileiro, quer seja pela sua história ou mesmo pelo seu próprio tamanho.
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Um abraço, Fernando A. De Gennaro.
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Fotos: Fernnado A. De Gennaro