VW Fusca 1965 (com volante do lado direito)

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Sem dúvida este fusquinha desperta a curiosidade das pessoas por onde ele passa. Este exemplar é de 1965, motor 1.300, fabricado na Alemanha. Acompanhe abaixo um pouco da historia do veículo.

Este VW Fusca pertencia a um cônsul dos Estados Unidos na África do Sul, em regiões da África o volante é do lado direito, igual na Inglaterra.

O cônsul que era de cor negra, se sentiu ameaçado durante uma reunião pelo regime racista da época e se retirou às pressas da reunião, ele foi direto para um avião, que saiu da África do Sul com destino ao Brasil, na correria o cônsul saiu apenas com a roupa do corpo.

Chegando aqui no Brasil o cônsul solicitou para o consulado americano que trouxesse seus pertences para o Brasil de navio. Quando o cônsul recebeu a mudança veio junto este Fusca, pois estava guardado na garagem da casa dele na África. Como ele era diplomático, isento de impostos, ele não quis ficar com o Fusca, havia solicitado ao Consulado Americano outro veículo.

Então o veículo foi para leilão fechado, ou seja, o lance é efetuado e lacrado em um envelope, e todos são abertos no mesmo dia onde lance mais alto é o vencedor, conta o proprietário do Fusca. Ele foi o segundo colocado no leilão, pois o primeiro era um comerciante de automóveis e como na época o veículo não tinha nenhum valor comercial, ele acabou desistindo. Então restou ao segundo colocado, que é até hoje o proprietário do VW.

Andamos com o Fusca por São Paulo para podermos realizar as fotos, digo a todos que é uma experiência muito diferente e ao mesmo tempo divertida, a sensação no começo é estranha, pois na sua frente do lado esquerdo há um porta-luvas em vez da direção.

Outra curiosidade é a reação das pessoas nas ruas, elas olham para o veículo sem entender e às vezes acabam até parando para perguntar sobre o veículo. Este VW Fusca 65 se encontra em todos os aspectos originais de fabrica e aqui no Brasil este é o único exemplar original com volante do lado direito, realmente uma raridade.

Um abraço, Fernando A. De Gennaro.
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